"O fomento comercial desmaterializado"

11 de fevereiro de 1982 / 2018

Prezado leitor,

É fato incontestável que a ANFAC é um arrojado projeto empresarial, que deu certo e que não parou no tempo, focado na busca constante de inovações que tanto influem hoje na gestão das empresas.

A rasura constatada no balancete que um banco enviou ao Banco Central, em maio/1968, utilizando a rubrica “factoring” no lugar de “Financiamento de Capital de Giro”, foi o embrião que germinou por iniciativa da ANFAC, em 1982, transformado nesta frondejante árvore do fomento comercial, com as ramificações de suas várias estruturas operacionais e empresariais.

O posicionamento firme e seguro da ANFAC, como centro nuclear e polarizador do fomento comercial, foi sempre de manter-se atualizada em sua política de introduzir novas modalidades de negócios que se erigem como atividade complementar e sinérgica do fomento comercial.

As transformações havidas, de 1982, fundação da ANFAC, até o presente momento, abriram muitos caminhos que convergem para a órbita do fomento comercial, com a crescente expansão dos meios de pagamento decorrentes das transações mercantis realizadas por milhões de agentes econômicos, constituindo o enorme mercado de recebíveis, de dimensões oceânicas, que impulsiona a economia brasileira exigindo gestão profissional de nossas empresas.

O tradicional título de crédito, a duplicata, as corriqueiras consultas de fichas cadastrais, os contatos telefônicos com clientes e sacados, o contrato de cessão de crédito, originalmente adotado, e as demais práticas que envolvem uma operação, foram sendo substituídas pela assinatura digital, pelos aplicativos, pela NF-e, pelo contrato de fomento comercial e aditivos, inovação da ANFAC desde 1989, agora processados eletronicamente e, mais, o surgimento de mecanismos avançados tais como, as fintechs, os recebíveis de cartão de crédito, os fundos de investimento em direitos creditórios, as securitizadoras de crédito e outras atividades afins que estarão sob a égide do fomento comercial.

De 1982 a esta parte, decorridos 36 anos, o fomento comercial, em seu escopo social/institucional desempenhou papel relevante no desenvolvimento econômico nacional, particularmente, neste período recente, exercendo a função de irrigar, com a sua peculiar capilaridade, a liquidez do imenso mercado de recebíveis, suprindo as deficiências do atendimento das vias normais de crédito garantindo assim a sobrevivência de milhares de empresas que certamente teriam fechado as suas portas.

A ANFAC cresceu porque soube superar muitos desafios com equilíbrio, com largueza de visão, com profissionalismo, com discernimento e com interação.

Tantas conquistas construíram a institucionalidade da ANFAC, como entidade que se sobrepõe a pessoas e tendências para investir na garantia dos princípios básicos que caracterizam a sua inconfundível identidade de protagonista das inovações operacionais e tecnológicas que usufrui o mercado de fomento comercial.

De qualquer forma, só há a registrar o orgulho de todos nós pelo progresso havido, com nossas empresas auferindo resultados indispensáveis à sua sobrevivência e proporcionando condições de um confortável padrão de vida pessoal e familiar.

A todos os empresários de fomento comercial nossas saudações pelo "DIA DO AGENTE DE FOMENTO COMERCIAL", que, desde o IV Congresso Brasileiro de Fomento Comercial, realizado em dezembro de 1996, elegeu o dia 11 de fevereiro para homenagear aqueles que mourejam em nosso segmento, responsáveis pela integração de todo o mercado do fomento.

Nossas respeitosas saudações.
Luiz Lemos Leite
Presidente

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